sexta-feira, 15 de julho de 2011

Ad astra


Ele é o maior coração do mundo escondido por trás de um uniforme em tons de azul. Com ele aprendi a ter paciência, a amar mais, a esperar e a dar mais valor a pequenas e simples coisas.

São meses de saudade para uma curta semana juntos - mas, por ele, a espera vale a pena. As pessoas sempre perguntam "como vocês aguentam?" e eu simplesmente acho que não é uma questão de aguentar. O tempo parece passar mais devagar sim quando estamos distantes, mas quando não há quilômetros nos separando parece que ele nunca havia partido. Quando ele vai, leva um pedaço de mim com ele.

Nossas ações no mundo parecem tão distintas mas de alguma forma elas se encontraram. Enquanto eu decidi que escreveria textos, ele decidiu voar. Se enganam aqueles que pensam que o céu é o limite, pois com ele aprendi que não é. Minhas noites foram dormidas em casa - muitas dele sequer foram dormidas. Aprendi a carregar o peso da mochila nas costas dele junto com ele, assim, de longe. O cansaço dele aos poucos se tornou o meu - e o meu, o dele - e juntos nos tornamos duas pessoas mais fortes. Mas ele sempre, sempre será muito mais forte do que eu. 1,85m de fortaleza.

As conquistas dele passaram também a ser minhas. Do diploma à platina, da platina ao espadim, e assim será a cada estrela no ombro conquistada. Assim será aos céus, a cada vôo, a cada decolagem, da mesma forma que ele estará em cada enter, em cada parágrafo, em cada pauta que passar, enfim, pelas minhas mãos.

E a saudade, ah, "a saudade a gente resolve com um avião".

(ao amor, Cad Av Queiroz, pelos últimos 365 dias que se passaram desde que, juntos, decolamos)



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