terça-feira, 19 de julho de 2011

A Casa das Saudades...



São as mesmas ruas,

mas são outras ruas.



Aqui cresci e vi tudo mudar,

mas tudo mudou e eu não vi.



Minhas casas estão por aí,

meus lugares tem novos donos que não sei quem são,

elas estão de pé e me trazem todos os tipos de saudades...



São as mesmas casas,

os mesmos prédios,

as mesmas pessoas,

e nos últimos dez anos eu estive longe.



As crianças que correm por estas ruas não são as mesmas de anos atrás,

e as crianças de antes agora são seus pais.



Passo e sinto que não deveria ter ido embora,

passo e tenho vontades de voltar...



(foto de acervo pessoal)

4 comentários:

  1. quem sabe assim, itinerante, a gente passa a ter tanta casa que o mundo vira nosso lar.
    ou então não haverá lugar pra chamar de meu.

    bom bom, muito bom :)

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  2. Deu arrepio, coração apertou. Sinto em mim tanta velhice ao ler isso. Eu entendo o texto e me vejo com menos de 20 anos sentindo o peso da saudade nas costas. Não se depois piora, pelo não querer que as coisas passem, ou se melhora, pela compreensão que as coisas são efêmeras. O que sei é que pesa tanto passado, mas que isso não faz as asas virarem sombra, faz virarem sonhos.

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  3. o tempo passa, as pessoas mudam, mas ainda existem as ruas. e as casas.

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