segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Primeira.





Perdi a mão e perdi a voz.
Desde que não dei tempo, desde que não esperei você decidir o que queria, perdi meu caminho.
Estive com outra, que me mascarou a felicidade, mas não passou de boa amizade...

Senti.
Sinto.
Sentirei tua falta.
Perdi a mão por não ter cara pra te falar.
E sinto a culpa de ter que confirmar depois de tanto tempo.

É a primeira vez em tantos anos.
É a primeira vez que tenho a velha coragem de volta.
É finalmente a hora de dizer.

Confessar que ainda te quero.

Ainda desejo dividir meu tempo contigo, e o teu comigo, se assim desejar. Isso irei aceitar.
Não menti ao dizer, que amaria amar você.
Nem quando lhe prometi aquela auto-estrada limpa, sem desvios, empecilhos, para que juntos pudéssemos criar e moldar cada canto do asfalto juntos.

Mas o que sobrou foi apenas vergonha por tudo o que passei.

Minha casa é toda sua se desejar. Suas chaves estarão prontas para quando quiser vir e ficar.
Te ofereço esse lugar ao meu lado, não a toa, não sem motivo.
Aquele Pôr-do-Sol em Olinda está a nos esperar.
O jantar cozinhado por mim, ainda espera você.
As danças na Sala de Reboco ainda esperam teus pés.
Quantas massagens quiser, na hora que quiser, todas serão suas...

Quero que você seja a primeira, dentre tantas primeiras vezes...

E eu quero estar.
Estar ao teu lado.
Cuidar e me preocupar contigo.
Isso basta para quem esteve tão perto de alguém como você.

Só precisa ser você ali.

E se isto lhe bastar, quando voltar, teu beijo, teus lábios.
É o que irá me dizer.
É o que me confirmará.
Que também comigo quer estar...

Estarei esperando esta decisão vinda de teus lábios.

Estarei lá quando você voltar.

Não importa a hora morena.

Eu vou estar lá.


(foto de acervo pessoal)

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